quinta-feira, 10 de março de 2011

O progresso que isola


O avanço tecnológico nos últimos tempos tem nos proporcionado, sem sombra de dúvidas, comodidade e conforto, porém como todo grande progresso veio atrelado a graves conseqüências.
Me lembro que quando criança costumava escrever cartas e bilhetes a amigos e parentes, e aguardava ansiosamente dois meses ou mais para obter a resposta, mas a velocidade como as coisas mudaram fez toda a diferença. Aquele lance legal de padrinhos, cumadres e compadres, almoços de domingo na casa ao lado, domingos no parque ou após a missa ou culto permanecer em frente a igreja, foi engolido pela informatização, não mais necessidade de sair de casa para saber como a mãe, a maiga ou até mesmo namoroado está, a net, a webCam, o celular mostra e informa tudo, poir deu uma encurtada no blá, blá, blá e foi direto ao assunto.
O computador passou a fazer parte de nossas vidas efetivamente a partir de 1980, quando foram criados modelos mais sofisticados, porém de uso simples para o setor empresarial, daí virou a febre, para não dizer, a vida de nossos internautas. Com essa maravilha a disposição a vida ganhou um ritmo mais acelerado e tudo passou a ser simplificado pela era da informatização, até mesmo nossas relações pessoais.
Mesmo que todo esse progresso tenha sido criado com o objetivo de interligar as pessoas no planeta aumentando a interação humana, tem exercido efeito contrário, hoje pra você realizar simples tarefas que te colocariam em contato humano, a máquina soluciona seu problema, desde ir ao banco e entrar em contato direto com um(a) caixa, fato que abriria enormes possibilidades, mas que são substituídos por um simples click.
Outro exemploé a paquera, no jeito antigo significava se arrumar inteira (o), se dirigir a um ambiente público, trocar milhares de olhares, enrubescer diante de elogios ali cara a cara, hoje não, você pega o MSN da pessoa, quando não entra num site de bate papo e ali mesmo engata o conhecimento pessoal, se suas afinidades parecerem semelhantes vocês saem, não para estabelecer um duradouro relacionamento, e sim para solucionar seus problemas imediatos que muitas vezes são apenas de ordem fisiológica ou carência temporária, sem troca, sem compartilhamento, sem o lado humano. É claro tudo não acontece somente por culpa da tecnologia, mas ela foi a mão que a necessidade encontrou e nos transformou em seus reféns, pois somados a falta de tempo, medo da violência, preconceito e discriminação estamos nos tornando seres mascarados que se distanciam cada vez mais uns dos outros e das relações verdadeiras compostas por honestos e nítidos sentimentos.
Portanto cuidado, o progresso científico é bom, mas seus efeitos podem se tornar maléficos, use como moderação, e sempre priorize o que nos torna humanos, pois o contato pessoal ainda é o ponto de equilíbrio para a permanência de nossa sanidade.

Uma ótima tarde a todos vocês.
Beijos Mara

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