segunda-feira, 21 de março de 2011

Do alto de meu tédio, nada consta.


HOje não tenho nada a dizer.
Pareço vazia de palavras, distante de meu mundo, perdida dentro de mim.
Penso no filme que ontem assisti , que me identifiquei, penso no cansaço que sinto agora, da luta que travei com mais esse dia, na febre que meu filho sente agora, em meus pés que agora esfriam junto a este clima, mas nada, nada me leva a sentir desejo de expressar.
Quero apenas ficar quietinha, aqui em meu canto, pensando em coisas da vida, naqueles que progrediram, ou não, dos que se acertaram, nos que passaram por minha vida, nas decisões que tomei, apenas penso, pois neste instante nada me incomoda, tudo pode girar como quiser, quero apenas ficar.
Pode ser o cansaço, pode ser o tédio, pode ser a falta de objetivo, nada importa, tudo que sei é que tudo esta bom onde esta, e se não, quem se importa? Neste instante nada me preocupa nem mesmo o rumo que vão tomar, tudo que sei é que quero ficar aqui, imóvel em meu canto, vencida pelo cansaço de mais um dia cheio do qual pouco se aproveita.

Beijos de alguém no auge de seu tédio – Mara.

sábado, 19 de março de 2011

Você é Uma Raridade

Temos a tendência de ser ingratos. Ficamos chateados com minúcias. Se as coisas não acontecem conforme planejamos, ficamos aborrecidos, reagimos com exagerada sensibilidade, resmungamos, reclamamos, ficamos melindrados e insatisfeitos. Mas nem nos damos conta como nossa vida é boa. Espero que as comparações que li recentemente em uma revista abram nossos olhos para a realidade.
Se, para efeito de comparação, reduzirmos a 100 pessoas a população mundial de mais de seis bilhões, aplicando os mesmos critérios de proporcionalidade hoje vigentes no mundo, chegaremos aos seguintes dados: Nesse grupo de 100 pessoas teríamos 57 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos e 8 africanos. Entre as 100, 52 seriam mulheres e 48 homens, 30 brancas e 70 de cor, 30 cristãs e 70 não-cristãs. Seis pessoas deteriam 59% do capital mundial, e estas seriam de origem européia. Oitenta pessoas viveriam em situações quase insuportáveis. Setenta seriam analfabetas e 50 não teriam roupas para se vestir adequadamente. Uma pessoa estaria morrendo e outra nascendo. Apenas uma teria computador e outra teria diploma universitário.
Pense no fato de que você – muito provavelmente – faz parte dos poucos privilegiados que vivem nesta terra e alegre-se por ser uma raridade. Pois, caso tenha acordado com saúde hoje pela manhã, você estará em melhor situação que milhões de pessoas que não sobreviverão à próxima semana. Se nunca esteve exposto ao perigo de uma guerra, à solidão de uma prisão, ao tormento da tortura ou à fome insuportável, então você vive muito melhor do que 500 milhões de outras pessoas. Se você pode ir à sua igreja sem ter medo de ser molestado, preso ou perseguido, ou até de ser morto por sua fé, estará vivendo melhor que três bilhões de pessoas. Se tem comida na geladeira, roupas em seu guarda-roupas, um teto sobre a cabeça e um lugar para dormir, então você é mais rico que 75% dos habitantes da terra. Se tem dinheiro no banco, na poupança ou em sua carteira, então você faz parte dos 8% de abastados deste planeta. Caso seus pais ainda sejam vivos e ainda estejam casados um com o outro, então, realisticamente, você faz parte de uma rara minoria. Se consegue entender estas linhas, você é um abençoado que sabe ler, entre bilhões de pessoas analfabetas.
Com certeza temos todas as razões do mundo para dar graças a Deus pois todos somo uma raridade, cheios de dons especiais.

Tenha uma ótima semana!
Mara.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Indignada!

Hoje não é um bom dia! Estou chateada, muito chateada, já não bastava determinadas situações que enfrento fui informada de novas "injustiças".
Fico a pensar o que passa na cabeça dessas pessoas, quem disse a elas que poderiam agir assim, que mundo que elas vivem é esse?
O engraçado é o outro tem que ceder, entender, aceitar numa boa, mas e se fosse o contrário, será que enfrentariam numa boa?
Falei mesmo, coloquei sim meu ponto de vista, não estou de alma lavada, por que circusntancias da vida me aprisionam a tal situação e nada do que eu fizer poderá reverter o lastimável presente, porém ninguém pode dizer que devo ficar calada, por que o desabafo ainda é o pouco que me resta.
Creio firmemente em Deus, acredito que ele dá a cada um segundo suas forças, mas tem sido dificil demais pra suportar, me sinto pequena, incapaz, de mãos atadas. Queria mudar, mas como?
Duro é depender de determinadas coisas, é o mesmo que se sentir amarrada por córdeis invisívéis, que nos machucam mas não mostram os nós que podemos desamarrar.
Mas como eu disse Deus tudo vê, e ele com certeza vai aplicar sua justiça, masi cedo ou mais tarde, o que preciso mesmo é esperar Nele.


Tenham uma boa noite Mara!

segunda-feira, 14 de março de 2011

O dia em que chorei a profissão.

Hoje foi um dia em que chorei a profissão.
Como todos sabem por aqui, sou professora de História, sei que minha matéria não é a mais popular, mas tem suas peculiaridades.
Todos os dias enfrento adversidades em meu trabalho, mas hoje em especial foi muito difícil. Comecei pela manhã numa sala de 6º anos, que a meu ver não foram devidamente preparados para compreender o momento em que deveriam ouvir e o momento de falar, comecei a correção das atividades e após inúmeras interrupções conclui, já era hora da troca de aulas e lá fui eu para a aula capela, a qual estava sob minha responsabilidade.
O tema da aula capela foi "Bíblia, palavra fiel e verdadeira", tema que foi discorrido por mim, e com a benção de Deus correu tudo bem, ouviram atentamente, fizeram perguntas pertinentes ao assunto e saíram de forma ordenada. Logo em seguida fui designada para um 7º ano e foi ai que a dificuldade começou e durou até o fim da tarde. Assim que entrei os cumprimentei, brinquei um pouco sobre seus fins de semana e comecei a vistar os livros, nem parecia que eu havia explicado alguma coisa, melhor, nem parecia que eram meus alunos, aqueles que pacientemente expliquei em mínimos detalhes onde, como e quando encontrar as respostas, verdadeiros absurdos estavam ali diante de mim. Tentando manter-se no equilíbrio chamei de um a um os 28 e escutei cada desculpa sobre a lição, muitos riam muito e não quiseram revelar o motivo daquela desolação. Já alterada expliquei a eles, num momento de reflexão, os efeitos da irresponsabilidade com suas funções e o prejuízo ao futuro, era hora de trocar de sala.
Entrei em um 8º, beirando a hora de saída, o barulho era geral, muitos fora do lugar jogavam papeizinhos uns nos outros em completa confusão, alguns minutos depois a ordem estava estabelecida e então expus a proposta de um trabalho, em detalhes, na lousa, antes de ir embora fui me certificar em seus cadernos a cópia da proposta e tive a triste constatação de que muitos haviam pulado parágrafos e que outros nem se deram ao trabalho de escrever e ainda tiveram a audácia de me confrontar dizendo que tudo aquilo deveria estar digitado e impresso, foi ai que comecei a entristecer.
Onde é que vamos parar gente! Como nosso futuro está largado, sim largado em mãos tão irresponsáveis, que não dão o menor ao conhecimento? Meu Deus como é difícil concluir que o ensino não recebe a mesma atenção de anos anteriores, e que nossos pequenos já trazem consigo o desinteresse a alta distração e à idéia de que tudo pode ser compensado no futuro através do dinheiro, foi ai que chorei minha profissão, não por arrependimento de possuí-la, mas pela dificuldade em executá-la.
Mas, não pense vocês que desanimei, apenas estou magoada pelo que vivi hoje, porém o que me alegra é que amanhã é um novo dia, e que sempre haverá dentre estes, aqueles que farão ter valido a pena o esforço depositado.
Exausta retira-se para um merecido descanso.

Um super beijo a vocês.

domingo, 13 de março de 2011

Pintando a casa.


Hoje é um dia em que realmente estou cansada.

Imagine só, hoje comecei a pintar minha casa, e detalhe eu e minha colega estamos pondo mesmo a mão na massa, pensa na dificuldade.

Moro numa casa alugada com sérios problemas de mofo, todos os anos eu e a amiga que divide aluguel comigo passamos algumas mãos de tinta na parede com cloro e vinagre, a fim de reverter a ação do fungo que gera o mofo, pois é estamos mais uma vez nesta época e decidimos fazer isso em duas etapas, metade hoje metade no próximo domingo, achamos com isso que o serviço ficaria mais suave, engano nosso, começamos as 9 da manhã e acabamos tudo com limpeza e etc agora por volta das 19 da noite.

Tudo parece estar doendo em mim, meus braços então chega queimar de tanto cansaço, mas como disse minha visinha, quem manda querer fazer serviço de homem, né? O fato é que mesmo tendo uma renda ela não é suficiente para que contratemos os serviços de um prodissional, então encaramos de peito aberto, e diga-se de passagem o resultado não fica tão ruim.

É como diz o famoso provérbio - "Quem não tem cachorro caça com gato, e quem não tem gato, pula no mato".

Por hoje é só, vou tomar um relaxante muscular e tentar dormir.

Beijos e boa noite a vocês.

sábado, 12 de março de 2011

Enfim magra!











Faz aproximadamente seis meses que passei por uma metamorfose radical.
Nunca fui magrinha e desde pequena enfrento a dificuldade de possuir um peso adequado, pra vcs terem ideia eu pesava 66 kilos aos 12.

Bem como toda mocinha desesperada por manter o peso, me submeti a dietas intermináveis dos 17 em diante, aos 19 entrei na academia e permaneci por lá uns 3 anos seguidos, fui a um médico endrocrinologista e também fiquei 3 anos em tratamento a base de formulas milagrosas, devo afirmar que todos esses esforços valeram a pena meu peso durante esse tempo se manteve adequado ao meu tamanho (70 Kilos para 1,74 altura), porém entre aspas, pois a cada dia definhava minha saúde, devido a falta de alimentação necessária e aos remédios pesados que causavam intermináveis dores de cabeça e insônia.
Neste contexto acabei grávida, já contava com 22 anos e ainda me tratava com as tais fórmulas, durante este período passei por vários problemas de ordem psicológica e de aceitação e isto me fez ganhar no fim da gravidez 18 kilos que não foram embora após o nascimento do Lucas.
Filho fora da barriga, nova luta para perder peso, novas dietas, mais remédios, só que desta vez nada fazia efeito, voltei ao médico, peguei novas informações, novos tratamentos e nada, perdia uns 2 kilos num mês e já no outro recuperava, tá certo que meu psicológico continuava abalado, os problemas não paravam, e através de tudo isso cheguei aos 100 kilos fácil, fácil.
Nem preciso detalhar aqui que minha autoestima já tinha ido ao ralo, mesmo assim não desanimei, continuei na busca pelo meu ideal que naquele momento já estava se tornando uma questão de saúde, pois tinha atingido meu fêmur e agora eu já caminhava mancando, quando não tinha dores horrivéis nessa região.
Um belo dia encontrei com a mãe de uma de minhas alunas que por sinal tentava me encontrar já algun tempo, o nome dela é Fábia Anjos e ela tinha passado pela Bariátrica (redução de estomago) fazia 5 meses, nem a reconheci, linda num vestidinho preto com os cabelos vermelhos e chanel, perguntei a ela o resultado daquela mágica, já que a mesma sofria de obesidade morbida quando a conheci, e foi ai que ela me apresentou Dr: Luiz Carlos de Castro da Clinica Terenas no Alto da MOoca, como tenho plano de saúde Unimed, não fiz de rogada marquei uma consulta, segui todos os procedimentos e após uma longa briga com o plano operei, um ano depois.
Operada comecei a luta pela mudança, devo afirmar não é nada fácil recomeçar, mas para quem estava cansada de remar contra a maré, nem senti as restrinções e para mim foi mesmo que fazer bum! de 112 kilos peso que operei já me encontro com 77, só não parece mágica por que sei bem o que enfrentei, mas devo dizer que está sendo maravilhoso, escutar todos os dias que você esta linda, seu espelho dizer que você está linda, vestir quase todas as roupas que desejar sem se preocupar se vai ou não caber, é indescritivél.
É galera, readaptar pode não estar sendo um mar de rosas, mas somadas as alegrias, não é nehum problema, basta seguir as instruções ter coragem, ser obediente as regras e correr para o abraço, pois neste momento estou feliz, pois aos 27 anos, estou enfim magra!

Beijooooooooooos por compartilharem comigo este desabafo.

Um super beijo da ex-gordinha Mara.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Preocupações bobas de mãe em parafuso...


Gente, hoje quero falar do que estou passando agora.
Nunca pensei que uma simples festinha de aniversário fosse me tirar o sono, mas está.
Todos os anos desde que meu filho Lucas (3 anos/ 11 meses e 9 dias) nasceu, faço uma festinha simples para comemorarmos a data de sua chegada, porém este ano por motivos de força maior resolvi fazer na casa do vó dele paterna, até ai nem um problema, pois ela gente fina e empolgada demais com festas...rsrsrsrs, o problema é que moro em SP e ela em Dourados Mato Grosso do Sul, longinho né.
Acontece que sou um pouco perfeccionista, neurótica sei lá, e fico hiper nervosa em saber
que tem um monte de coisas que não dá para eu decidir de longe, é claro que não estou sozinha nessa, pois a tia do Lucas e amiga minha Regiane, está dando a maior força, o problema sou eu, as vezes cometo a grave falta de sei lá, achar que somente eu darei conta no prazo, entre outras coisas, a verdade é que meus nervos estão em frangalhos. Ontem a noite repassei a lista umas duas vezes, conferi os materiais que eu tinha, separei as coisas que faltam adquirir por categoria e mesmo assim não me acalmei. Deitei e pensei, como pode uma coisinha boba destas tomar tanto nosso tempo? Pode até parecer que o niver é uma realização masi minha do que de meu filho, mas não, até gostaria de desistir, já que dá tanto trabalho, mas meu bichinho só não está contando no calendário por que não sabe ainda contar, por que ele só fala nesse dia e no seu tema favorito (Carros).
Concluindo é impressionante como um simples niver me tira do serio, é claro que desejo que tudo saia dentro dos conformes, mas poxa, é só um aniversário.
Tenho que me controlar mais, caso contrário não chegarei ao dia com saúde.

É esse meu desabafo. Torçam para que tudo dê certo
e meu neguinho se divirta muito.

Beijos Mara....

quinta-feira, 10 de março de 2011

O progresso que isola


O avanço tecnológico nos últimos tempos tem nos proporcionado, sem sombra de dúvidas, comodidade e conforto, porém como todo grande progresso veio atrelado a graves conseqüências.
Me lembro que quando criança costumava escrever cartas e bilhetes a amigos e parentes, e aguardava ansiosamente dois meses ou mais para obter a resposta, mas a velocidade como as coisas mudaram fez toda a diferença. Aquele lance legal de padrinhos, cumadres e compadres, almoços de domingo na casa ao lado, domingos no parque ou após a missa ou culto permanecer em frente a igreja, foi engolido pela informatização, não mais necessidade de sair de casa para saber como a mãe, a maiga ou até mesmo namoroado está, a net, a webCam, o celular mostra e informa tudo, poir deu uma encurtada no blá, blá, blá e foi direto ao assunto.
O computador passou a fazer parte de nossas vidas efetivamente a partir de 1980, quando foram criados modelos mais sofisticados, porém de uso simples para o setor empresarial, daí virou a febre, para não dizer, a vida de nossos internautas. Com essa maravilha a disposição a vida ganhou um ritmo mais acelerado e tudo passou a ser simplificado pela era da informatização, até mesmo nossas relações pessoais.
Mesmo que todo esse progresso tenha sido criado com o objetivo de interligar as pessoas no planeta aumentando a interação humana, tem exercido efeito contrário, hoje pra você realizar simples tarefas que te colocariam em contato humano, a máquina soluciona seu problema, desde ir ao banco e entrar em contato direto com um(a) caixa, fato que abriria enormes possibilidades, mas que são substituídos por um simples click.
Outro exemploé a paquera, no jeito antigo significava se arrumar inteira (o), se dirigir a um ambiente público, trocar milhares de olhares, enrubescer diante de elogios ali cara a cara, hoje não, você pega o MSN da pessoa, quando não entra num site de bate papo e ali mesmo engata o conhecimento pessoal, se suas afinidades parecerem semelhantes vocês saem, não para estabelecer um duradouro relacionamento, e sim para solucionar seus problemas imediatos que muitas vezes são apenas de ordem fisiológica ou carência temporária, sem troca, sem compartilhamento, sem o lado humano. É claro tudo não acontece somente por culpa da tecnologia, mas ela foi a mão que a necessidade encontrou e nos transformou em seus reféns, pois somados a falta de tempo, medo da violência, preconceito e discriminação estamos nos tornando seres mascarados que se distanciam cada vez mais uns dos outros e das relações verdadeiras compostas por honestos e nítidos sentimentos.
Portanto cuidado, o progresso científico é bom, mas seus efeitos podem se tornar maléficos, use como moderação, e sempre priorize o que nos torna humanos, pois o contato pessoal ainda é o ponto de equilíbrio para a permanência de nossa sanidade.

Uma ótima tarde a todos vocês.
Beijos Mara

terça-feira, 8 de março de 2011

(Copiado X Colado) A dificuldade dos pais em impor limites colabora para formação de jovens egocêntricos


JULIANA BUBLITZ juliana.bublitz@zerohora.com.br

Quem tem filho, sabe: dizer não a crianças e adolescentes virou um desafio em diferentes sentidos. Se num passado não muito distante as decisões paternas eram inquestionáveis e tinham amparo na palmatória, hoje os pais do século 21 vivem dias incertos. A dificuldade de impor limites é tanta que em países como Estados Unidos já se alerta para os riscos de um futuro minado por jovens incapazes, acostumados desde a mais tenra idade a ter o ego inflado e todos os caprichos atendidos.

Ao tratar do assunto no The Huffington Post, o escritor, articulista e ensaísta Rob Asghar, da Universidade do Sul da Califórnia, desencadeou a polêmica. Preocupado com a forma como os norte-americanos estão educando os filhos, Asghar identificou o surgimento do que chamou de Geração N - ou Narcisista. Uma linhagem marcada pela total falta de limites e por um senso de merecimento fora do comum. Quase doentio.

Por trás do fenômeno, concluiu Asghar, estariam pais angustiados.

O trabalho em excesso e a correria do dia a dia teriam assumido a forma de culpa. O medo de perder o amor dos filhos acabaria levando muitos casais a cederem aos caprichos infanto-juvenis sem ponderações. O resultado disso, na avaliação do escritor, já pode ser detectado nas ruas dos Estados Unidos: estaria visível na conduta de jovens que se sentem no direito de tudo, sem trabalhar duro por nada.

Por essas e por outras conclusões, o artigo acabou pautando discussões acaloradas em foros virtuais e na mídia.

No Brasil, não é diferente. Afinal, diante da falência dos velhos modelos, qual é o melhor caminho para educar um filho? A resposta, segundo especialistas, não é tão simples quanto as conclusões de Asghar parecem indicar.

Para o psiquiatra gaúcho José Outeiral, especialista no atendimento a crianças e adolescentes, as especulações do escritor são "banais" e "boas para vender livro". Avesso a generalizações, Outeiral argumenta que pais que dão tudo aos filhos nem sempre estão errados e que há condutas muito mais preocupantes.

– A depressão e a tendência antissocial não se devem a mimos em excesso na infância, mas a dificuldades de se estabelecer vínculos consistentes entre pais e filhos. O problema maior está no abandono – ressalta o especialista.

Sarah, quatro anos, filha da chefe de cartório Aline Paim de Campos Carvalho, 35 anos, e do empresário Clênio Carvalho, 50 anos, desconhece o alerta feito por Outeiral. Desde que nasceu, a menina é o centro das atenções dos pais, que não poupam carinho e amor. Nem presentes.

"A geração de pais que se deixa manipular pelos filhos precisa alertá-los de que a vida envolve provas, desafios, desapontamentos e competição, e não uma sucessão de festas de aniversário."

"Converse com qualquer empregador de jovens e ele lhe dirá: "Os jovens de hoje não sabem como conquistar qualquer coisa. Eles esperam que tudo seja entregue a eles." Sim, eles se sentem no direito. Nós, doutores Frankstein, não imaginamos que isso fosse acontecer."


Por ter achado interessante o tema, resolvi publicar aqui.
Beijos Mara.

domingo, 6 de março de 2011

As lembranças de minha Rondônia...


As vezes me sinto como o poeta Casimiro de Abreu, que sabiamente escreveu seus sentimentos em versos:

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

E se tratando de lembranças quero falar um período, quando morei em Cacoal - RO, lugar que foi palco de alguns de meus momentos mais felizes.
De 98 a 2001 morei nesta cidade na companhia de meu irmão Marcio, fiz muitos e duradouros amigos e posso dizer com toda certeza que neste tempo fui feliz.
Sempre fomos pobres, porém dispostos a trabalhar e estudar, meu irmão alugou uma casa que ficava no quintal do proprietário, era de tábua e bem envelhecida com piso amarelo, nossas coisas eram simples, mas nos dava certo conforto. Logo fiz amizade com as filhas do dono da casa, seu Valdemar, e a partir dai nos tornamos grandes amigas e confidentes.
Me lembro dessa amizade como algo muito inocente, fazíamos tudo juntas, inclusive pagar mico, e para nós não tinha dificuldade, desde que o objetivo nos interessasse.
Lembro-me que retirado desta cidade havia um balneário muito gostoso chamado Lagoa Azul, porém 21 Km fora da zona urbana, mas isso para nós não era problema, domingo pela manhã munidas de nossas bicicletas partíamos para a diversão que só findava com o pôr do sol, como era bom.
Com a amizade vieram as primeiras e inocentes paixões, era engraçado, pois nos apaixonamos por aqueles que estavam próximos a nós, e em principal os parentes uma das outras, mas isso em nada ajudou, pois este amor, de ambos os lados, nunca foi correspondido, entretanto serviu para fortalecer os laços de amizade e confidência.
Como erámos brincalhões, embora eu fingia não gostar, eu amava quando meu irmão ás 13 horas da tarde voltava de seu trabalho em sua bicicleta prata, e do alto de sua modéstia exclamava no portão - "menino bom chegou".
Aos sábados eu ia para a igreja a um quarterão de minha casa, pequena e humilde, mas ali o culto era realmente envolvente, pos todos participavam de forma simples, cada um dentro de sua capacidade e é através disso que tenho certeza, aquele era um culto realmente dedicado a Deus, onde ninguém estava exibindo talento e embuídos de louvor e adoração.
Quando anoitecia juntava a galera lá em casa e juntos íamos para a praça, ou sorveteria, ríamos muito, a diversão era certa e ainda havia tempo para assitir filmes, fato que as vezes irritava alguns pais mais "zelosos", que temiam pela honra de seus filhos.
Enfim, era uma época feliz, que acabou devido circunstâncias da vida, mas que reservou um lugar especial em minhas lembranças, em principal a convivência com meu irmão do qual estou sempre com muita saudade.

Um ótimo dia para todos vocês.
Mara.

quinta-feira, 3 de março de 2011

BRUNA SURFISTINHA - Vergonha nacional ou cultura?


Como professora gosto de iniciar a aula descontraindo, escutando o que meus alunos fizeram em seu fim de semana e isso pra mim é bom, pois nos aproxima mais como seres humanos.
O assunto de hoje numa de minhas salas foi “Bruna Surfistinha” o filme, e eles não são mais tão crianças já tem opinião formada, e foi uma delicia escutá-los, fiquei orgulhosa em constatar que meus alunos estão amadurecendo e aprendendo a separar o que é acréscimo e que é decréscimo.
Alguns assistiram ao filme citado. Como? Não sei, por que a censura é para 16 anos e eles agora que estão completando quinze, mas isso não vem ao caso, o fato é que nenhum deles, na hora do “falar sério”, aprovaram o que viram, até concordaram que a atriz era ótima, que o enredo foi bem elaborado e dirigido, que as cenas os animaram, porém concordaram que o conteúdo não merecia tanta atenção, muito pelo contrário é algo preocupante e que a situação deveria ser revertida.
O Brasil é um dos vários países que sofrem com o tráfico sexual em nossos litorais, que enfrenta o problema da prostituição entre nossas garotas de classe média e baixa, e ai vem um filme que passa uma história glamourosa desse sub-mundo?
Não assisti, e nem era de meu direito ficar aqui falando deste assunto, mas o relato de meus alunos me chamou a atenção, e não acredito que eles estivessem mentindo acerca do que viram. Ai pensei, é para isso que chegamos até aqui? Que enfrentamos a repressão de 64, que provocou um novo rumo ao cinema novo de 60, que por sinal de tão bom já nasceu lançando um novo olhar sobre o papel do cinema junto à sociedade? Fato que não era pautado nem mesmo pela famosa Hollywood?
Eu andava até orgulhosa de nossas ultimas produções, tais como Carandiru, Central do Brasil, O que é isso companheiro, Zuzu Angel, Olga, e por que não Tropa de elite 1 e 2, filmes que denunciaram a situação vivida em diversos setores, até então desconhecidos por muitos brasileiros, mas ai vem Bruna Surfistinha, um filme que poderia sim ter sido produzido, por que não, porém o que me incomodou foi a mobilização sobre ele, 350 salas foram disponibilizadas em todo Brasil, para garantir que ninguém ficasse sem dar uma espiadela e tudo isso para um enredo sustentado por uma ótima atriz e por muitas cenas de sexo.
A que ponto chegamos, ao mesmo tempo em que banalizamos a situação de muitas garotas que recorrem a tal alternativa de vida, aplaudindo um filme que coloca a situação como algo fácil de se encarar, já que a personagem atente mais de 30 homens sem pestanejar logo no inicio de sua carreira, passamos uma idéia errôneo de tal prática as nossas garotas sobre a dificuldade e o perigo dessa profissão.
Que é um drama, disso eu sei. Que a verdadeira história vivida não deve ter sido fácil , com toda certeza, mas daí jogar pó de pilimpimpim e colocar na tela como se fosse um conto de fadas, incomoda.
Já pensou quantas Bruninhas vão surgir pelo Brasil afora, querendo repetir a dose? E quem é que vai estar lá quando elas derem com a cara no muro, ou acabar duras em uma vala, ou no exterior como escravas sexuais de maníacos, e seus filhos, quem vai alimentá-los, por que se você abre a fábrica um dia o produto sai. É essa minha preocupação, vejo todos os dias comportamentos mudados pela mídia, pequenos projetos de adultos que copiam tudo que curtem e acham descolado, e com este novo beste-seller na praça não vai ser diferente, mas agora o leite já está derramado.


E vocês o que acham?
Se assim desejarem, deixem também sua opinião.
Mara Vicente.

quarta-feira, 2 de março de 2011

“Não basta educar os filhos... é preciso disciplinar também os pais.”


Pode parecer audácia minha querer falar de um assunto tão profundo e que exige certo grau de intelectualidade, mas baseada em minha vivência como professora e nos últimos 4 anos como mãe conclui que a educação não tem surtido satisfatórios efeitos por que NÓS os pais estamos agindo como perfeitos entraves para essa realização.
Quero falar como professora e descrever aqui a proporção da interferência negativa dos pais no processo de ensino e aprendizagem escolar, fato que tem boicotado (anulado) os resultados de meu trabalho.
Sempre que vou dar visto nos livros e cadernos (fato em que sou muito rígida) escuto as mais diversas desculpas, isto ocorre por que aquele que não cumprir com suas obrigações leva para casa uma notificação informando aos pais o seu comportamento, porém nos últimos tempos tenho percebido que estas desculpas não tem se limitado somente aos alunos, elas estão partido deliberadamente daqueles que deveriam colaborar com o processo de construção dos conceitos de responsabilidades em seus filhos. São as mais diversas desculpas, dentre elas as que mais me assombram são;...”ah! ele(a) tirou tal nota porque ele(a) não gosta de sua matéria”, ...”não fez tal lição por culpa MINHA”.
Levando em conta que leciono para crianças em idade mínima entre 11 a 14 anos, não acredito que essas crianças necessitem desse errôneo protecionismo, fato que as fazem sentirem-se liberadas de suas responsabilidades devido a atitude que seus pais assumem ao justificar as falhas cometidas por estes filhos.
Dentre os mais variados comportamentos paternos em “favor” de seus filhos, esta o que certa parcela de pais insiste em repetir todos os anos, ao determinarem que após o pagamento de um determinado curso já estarão garantindo no ato do depósito a aprovação de seus filhos, fato que acaba por inserir de forma errônea na mente de seus herdeiros o conceito de que o dinheiro é algo para se comprar tudo e que valores são supérfluos. Conclusão, depois que estas crianças contemplam tais atitudes e as assimilam fica muito difícil ensinar as mesmas conceitos de limite, responsabilidade, honestidade e comprometimento. É claro que isto não ocorre a todos, mas como sempre gosto de repetir em sala, minha função não é cuidar deste ou daquele por que se encaixam no programa e sim elaborar meios de conduzir todos juntos rumo ao alvo, eis ai o problema, porque ao empreender tal tarefa me esbarro nestes empecilhos, que não chegam a destruir meus esforços, mas contribuem e muito para que eles se tornem exaustivos.
Após tal reflexão conclui que a educação é algo fortemente integrado, ou seja, uma ação conjunta de pais junto a professores e vice e versa, e que se parte dessa corrente não apresentar a disciplina compatível a ela o resultado ficará vulnerável a toda e qualquer interferência externa que vai terminar por engolir todo o esforço aplicado.

Deixe ai também sua opinião.
Beijos Mara Vicente
.

terça-feira, 1 de março de 2011

A falta de opção está em mim ou neles?


Pode parecer engraçado o título, mas é uma realidade um tanto dura de admitir, e para a qual ainda não encontrei resposta.
Já fazem 5 anos que posso dizer que estou só, como diria os espanhóis – solito – e nestes longos e frios anos tive tempo suficiente para refletir sobre o assunto.
Para muitas de minhas amigas, admitir estar só é algo até mesmo humilhante, para mim não, é apenas uma constatação, porém NÃO livre dos sentimentos comuns a todas elas, ou seja, as carências de todos os outros meros mortais. Mas a questão aqui é quando é por opção minha ou Deles?
Minha opinião é que esta é uma via de mão dupla, pois ambas contribuem para o resultado final, por exemplo, “quando por opção minha”, o caso é até mesmo simples de analisar, pois se não saio de casa, nem mesmo freqüento diversões e reuniões onde há um público mais abrangente como poderei ser alvo de possíveis opções? Outra se estas possíveis opções existem, mas eu não tenho coragem ou não dou oportunidade para elas se manifestarem, mas uma vez a chance delas seguirem adiante será zero.
Agora o outro lado é um tanto intrigante, e mesmo sem entender muito do assunto, vou deixar minha visão sobre o assunto. Os homens podem espernear mas pelo menos um pouquinho vão concordar comigo.
Todos nós temos um conjunto de preferências ou seja características que apreciamos no oposto. ( no meu caso, fato difícil de se explicar...rsrsrsrs) Falando das preferências masculinas, quando o assunto é mulher surge logo um padrão quase nacional (meiguinha, bem dotada de atributos, que pareça frágil, docinho, pequena e é claro bem novinha, dentre outras coisas), pois é, depois que você passa por este pente fino as possíveis e raras opções que te sobram em geral se encaixam nas categorias – desesperado/pegador/mal-resolvido/problemático/idoso/divorciados com bagagem extra e afins, não que estes não mereçam chance, o problema é que depois de tantos anos só, você fica sensível, ainda mais depois de ter passado por tantas águas, (decepções, desiluzão, abandono) você não tem mais a mesma força para enfrentar e assim segue esperando por alguém de atitude (algo muitíssimo raro) que vai assumir a situação sem que você tenha que mais um vez se expor.
Não é covardia, é apenas autoproteção! E por todos estes e mais alguns ocultos empecilhos que vou continuar ontem, hoje e talvez amanhã só.


É isso ai galerinha, deixa ai também sua opinião.
Beijos Mara Vicente.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bem-vindos...

Bem que eu tentei ...
mas foi mais forte que eu, essa vontade
louca de expressar um pouquinho do que se
passa na minha cabeça, e é graças a isto que
estou de volta com "Sonhos e devaneios da Mara"
E a todos vcs, sejam bem-vindos...

Beijão Mara Vicente.